Interessante o poder que a escrita tem de revelar instantes e traçar sensações, experiências ou desejos do por vir. Dias desses mergulhei em caixas de escritos antigos e to revendo coisas que escrevi: textos, cartas para amigos (os rascunhos ficaram comigo...), poesias, tentativas de crônicas... enfim, olhares e manifestações de sentimentos de uma outra pessoa que fui no passado. Sim. Tenho distúrbio de personalidade mesmo, por isso, às vezes, nem me reconheço se comparado dados momentos recentes e passados. É o tal poder da transformação.
Resolvi postar uma poesia que fiz em uma das muitas madrugadas de insônia regadas à escrita. Detalhe: essa foi totalmente escrita à mão. Gosto dela, apesar de não ter uma relação tranquila com os travesseiros por me darem torcicolo quase sempre.
Com o travesseiro
descontei no travesseiro
a falta que me fizeste
ontem à noite
e adentrou a madrugada
a lembrança do teu cheiro
o caminho percorrido por teus braços
tava tudo ali!
nem era preciso dizer
meus lábios se aprisionam aos teus
e o que fazer?
tomara que o sono te pegue de novo
o travesseiro, esse, já está comigo
à tua espera a qualquer momento,
no próximo instante.
descontei no travesseiro...
Um comentário:
que lindo....
Amei!
Beijos
Belle
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