30 de novembro de 2008

Quando as coisas acendem


Foto: Capa do CD
'Drama 3º Ato'















Eu gosto da completude das coisas, dos sentimentos e das entregas. Nada pela metade ou parcial me é embriagante. Dias desses encontrei no Orkut o áudio do show de Maria Bethânia 'Drama 3º Ato' de 1973 e para minha surpresa ele é bem diferente do que foi parar na discografia oficial da abelha rainha. Os recitais e o canto viceral de Bethânia nessa fase extremamente teatral, pulsante me envolveu de uma forma que não parei mais de ouvir, muito embora a qualidade não seja tão boa quanto os registros de shows dos dias atuais. Das pérolas omitidas pela gravadora separei dois trechos que Bethânia recita que me tomou pelo avesso dos sentidos, afinal, arte só presta quando causa alguma sensação. E viver só vale a pena quando se sente as coisas em sua plenitude, sejam dores ou amores, risos ou choros, barulhos ou silêncios...

Então, em homenagem ao meu humor a 'la bipolar' da semana separei um trecho doce e afetuoso e outro revolto e indignado, afinal, como bom homem barroco que sou me apego aos contraditórios mesmo.

"Tem um aviso na porta do meu coração: 'quem não dança conforme o ritmo da casa nao perca tempo tocando a campainha'"

"Eu conheço de perto a loucura. Ela mora no meu sangue e me conta sempre com voz mansa que o amor é o sol dos que se prezam"



Nenhum comentário: