Respeitem o ócio
De que adianta correr se o final
da estrada é a morte? O importante não é correr. É mudar de posição e perceber
a si e aos outros no percurso. Impressionar não impressiona não, mas assusta
ver tanta gente jovem se dizendo desgastada pelo trabalho, que não tem vida e
que não consegue pensar ou ter lazer, quiçá comer direito. Respeitem o ócio. É
nele que reside a felicidade.
E se você só é feliz fazendo dezenas de coisas
que não o deixa sonhar com o futuro, sentir saudades do passado, dialogar com o
seu íntimo e, por vezes, escondido eu tenho uma revelação a lhe fazer: a
felicidade é aqui, mas a coragem fica ali.
É preciso ter (ser) coragem para
alcançá-la e conquistá-la. Não aquela conquista digna de um conquistador
barato, mas “aqueloutra” que se lança com a sua verdade diante dela para poder
chegar até o mundo inteiro, pleno e mais humano.
Respeitem o ócio porque é nele
que se pensa e se fala besteiras. Asneiras mesmo. De que adianta matar sua juventude e “adultez”
pensando nos frutos financeiros que só serão desfrutados numa terceira idade
tristonha, frustrada e limitada no corpo, na mente e nas esperanças? Quem
envelhece a si, perde um dia de vida para as coisas do mundo. E se perder
diante do mundo é perder o sentido da vida que é se achar na perdição do mundo.
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