20 de setembro de 2012


Respeitem o ócio




De que adianta correr se o final da estrada é a morte? O importante não é correr. É mudar de posição e perceber a si e aos outros no percurso. Impressionar não impressiona não, mas assusta ver tanta gente jovem se dizendo desgastada pelo trabalho, que não tem vida e que não consegue pensar ou ter lazer, quiçá comer direito. Respeitem o ócio. É nele que reside a felicidade. 

E se você só é feliz fazendo dezenas de coisas que não o deixa sonhar com o futuro, sentir saudades do passado, dialogar com o seu íntimo e, por vezes, escondido eu tenho uma revelação a lhe fazer: a felicidade é aqui, mas a coragem fica ali.
É preciso ter (ser) coragem para alcançá-la e conquistá-la. Não aquela conquista digna de um conquistador barato, mas “aqueloutra” que se lança com a sua verdade diante dela para poder chegar até o mundo inteiro, pleno e mais humano.

Respeitem o ócio porque é nele que se pensa e se fala besteiras. Asneiras mesmo.  De que adianta matar sua juventude e “adultez” pensando nos frutos financeiros que só serão desfrutados numa terceira idade tristonha, frustrada e limitada no corpo, na mente e nas esperanças? Quem envelhece a si, perde um dia de vida para as coisas do mundo. E se perder diante do mundo é perder o sentido da vida que é se achar na perdição do mundo.

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