12 de julho de 2016

Subversão do tempo

Corpos! Nossos corpos se encontram como o mar instável encontra a areia
As janelas me falam de ti
Me falam com esse verde camuflado de teus olhos
Teus pelos em meus dentes
Teu riso em minha boca
Teus arrepios sobre meus poros
Nas imersas horas que nos reconhecemos

Tua língua entre meus dentes
Teus pelos em minha pele
Teu suor em meus lábios
Nos intensos minutos que fazemos do tempo etéreo

Teu sexo, meu sexo
Teu riso, meu gozo
Teu gozo, meu riso
Nos segundos que fazemos minutos das horas

Nessas horas em que...
a gente se vê e se reconhece no olho a olho
a gente não resiste, revive e repete, sem sequer repetir o antes
a gente insiste nessa entrega dos segundos transformados em minutos delirantes e horas que parecem não vingar

E nao passam até o próximo instante

Recife, 2:33 de 11 de julho de 2016

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