4 de dezembro de 2006

A contra(-)gotas

Um dia de cada vez. Essa é a máxima que estou aprendendo a aprender. Para alguém tão racional é difícil não pensar, pensar, pensar e, simplesmente, deixar as coisas seguirem seu rumo e "rolar". Isso porque nem sempre racionalizar significa a melhor escolha, o que só vemos no futuro. Mas cada dia é uma conquista rumo ao desconhecido. Tanta coisa aprendemos sem racionalizar e nem nos damos conta porque, afinal, no nosso uso prático e social, o que vale mesmo é dizer "que sabe"...
Um espiada no ano de 2006, que se vai, e dá pra perceber essa tendência de buscar o ilógico também em minha vida. Nadar contra a maré pra respirar mais e melhor. E que ninguém depois venha me dizer que surtei. Quero o imprevisível e o ilógico! Tomar banho de chuva, porque não?!!! Experimentar o sexo tântrico e o kamasutra que tal? E não esperar com tanta sede um "eu te amo" pode ser? Tudo pode ser - acontecer e sempre será - quando estamos preparados para mergulhar no imprevisível segundo que virá.

Estas já são certezas de quem não precisa mais e nem quer ter certezas de/e para tudo. Sair à rua sem destino pela saída e não pela conclusão. Isso contrariando o pessoense que em geral só sai depois de checar para onde, quem vai, como vai, quanto tempo fica e como volta. ahgggggggggggg, detesto esse interrogatório. Mais um ponto a favor da desracionalização... Risos.

Mas... Por que racionalizamos? Somos aquilo que nos deixamos ser? Penso que sempre há conflito quando somos uma coisa e praticamos algo diferente, afinal, a sociedade criou seus dispositivos de coerção de seus membros e, por isso, tanta gente anda por aí à toa, fechada em seu próprio mundo. E tranca seus desejos, às vezes, sem ao menos dizer um "te quero bem", "gosto de você", "pensei em você"... e tantas coisas simples sentidas nessa vida. Que bobeira desperdiçar os prazeres verbais da vida!!! Outros, saem "caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento", mas sabendo de si o mínimo para arriscar "invadir" o mundo do outro. Com ou sem freio de mão é preciso seguir...

Viver é fácil! Difícil mesmo é planejar o viver. Que os rascunhos e plantas de minha vida fiquem empoeirados e inacabados sobre a mesa no canto da sala. Quero isso não. Quero penetrar (no bom sentido... risos) na sombra alheia e atravessá-la como complemento diário. Quero pisar nas poças d'água e melar o pé e correr o risco de pegar vermes, afinal, quem tá na chuva é pra se molhar! Quero o sexo descarado porque é bom e faz bem a pele e a alma. Palavrões e safadezas na boca ou ao ouvido de vez em quando são bem vindos. E como são!!!

Não planejo meu dia. Tenho me deixado solto à certeza de que as pessoas cruzam nossa vida por acaso, mas com um sentido cósmico: ser amigo, transformar o outro, ser cúmplices de trepa, parceiros de copos, divisores de risos, desbravadores dos instantes, do por vir...

dedico esse texto ao silêncio e barulho noturno e a alguém que nao gostaria de ver seu nome citado aqui pela exposição virtual. "leio depois apago !" risosssssssssssss

boa segunda-feira pra mim!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

eu te amo. eu penso em vc. vc é meu queridinho. meu amigo, meu irmão. amo amo e amo. e to me lixando pras "exposições" virtuais.;